13 de dez. de 2015

Padre brasileiro faz 70 anos de sacerdócio e é testemunho de zelo pela salvação das almas

Na terça-feira, 8 de dezembro, enquanto a Igreja no mundo todo celebrava a Solenidade da Imaculada Conceição e a abertura do Ano da Misericórdia, em Maranguape (CE), Arquidiocese de Fortaleza, os fiéis tinham um motivo a mais para comemorar: os 70 anos de ordenação sacerdotal de Monsenhor Mauro Herbster, um testemunho de vida doada aos irmãos.




























Monsenhor Mauro Herbster é cearense, natural de Maranguape, nascido em uma família católica e atualmente tem 94 anos de idade. Quando jovem, estudou no colégio dos Irmãos Maristas e entrou para o Seminário, tendo sido ordenado em 8 de dezembro de 1945.

Conterrâneo deste sacerdote, Padre Rafhael Maciel, Reitor do Seminário Propedêutico da Arquidiocese, esteve presente na Missa em ação de graças pelo aniversário de ordenação. Para ele, o Mons. Herbster, em suas sete décadas como padre, é um testemunho da misericórdia divina, com “seu zelo pela salvação das almas”.

“Ele nunca faltava a unção dos enfermos aos fiéis e, de modo particular, aos agonizantes. A qualquer hora do dia que o chamassem, mesmo que fosse à noite ou de madrugada, o Monsenhor ia, para que uma pessoa não morresse sem a santa unção”, conta.

Esta especial atenção dada aos enfermos foi relata pelo próprio Monsenhor, em 2012, em uma entrevista ao site Tribuna do Ceará, quando expressou a “alegria de nunca ter deixado um enfermo morrer sem ser sacramentado, sem receber a confissão. De forma que todos, graças a Deus, puderam ser atendidos”.

De acordo com Padre Rafhael, Monsenhor Mauro também é um modelo de padre confessor. “Passava horas no confessionário, todos os dias. Nas comunidades onde ia celebrar, ele chegava bem antes da Missa e ali, antes da Celebração da Eucaristia, atendia inúmeras confissões. É um padre que deu muito do seu ministério ao sacramento da Reconciliação”.

Além disso, sempre demonstrou “amor e o zelo pela Eucaristia” e também unidade com a Igreja, “na reverência ao Bipo diocesano, na obediência às normas diocesanas e da Igreja Católica”.

“É um testemunho vocacional que arrastou muitas vocações para o Seminário”, sublinha Pe. Rafhael, sendo ele mesmo uma dessas vocações despertadas pelo Monsenhor Mauro.

“Sou um dos últimos frutos vocacional do ministério paroquial do Monsenhor aqui na nossa Paróquia de Maranguape. Ele me batizou ainda quando eu era recém-nascido, me enviou para o seminário e depois, na minha primeira Missa, foi quem proclamou a homilia”, relembra.

Para a cidade de Maranguape, este sacerdote de longos anos dedicados ao povo representa muito sobre aquele local. Pe. Rafhael afirma que o Monsenhor é “um filho muito querido” deste município.

“Ele mesmo disse ontem na Missa: ‘sinto que sou muito amado por esse povo e quero que esse povo saiba que eu também o amo muito’”, conta o Reitor.
De acordo com ele, entre os motivos para este carinho recíproco está o fato de Mons. Mauro ter doado “a própria vida pelo povo daquele lugar”. “Ele foi pároco em Maranguape por 31 anos, sendo a última Paróquia pela qual passou entre as muitas em que esteve na Arquidiocese de Fortaleza. Ali pôde exercer seu ministério sacerdotal com muita profundidade, com muita graça”, pontua.
Por isso, a celebração das sete décadas de sacerdócio, ontem, contou com grande participação dos fiéis, que lotaram a Igreja de Nossa Senhora da Penha, em celebração que teve a presença do Vigário Geral da Arquidiocese, Mons. João Jorge Corrêa Filho, representando o Arcebispo, Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques.
“É uma profunda alegria para o povo daquela Paróquia, pessoas que foram batizadas, que tiveram o casamento abençoado por ele, que receberam os sacramentos das mãos dele, que foram cuidadas e pastoreadas por ele várias vezes. A Igreja ficou lotada para dizer a Deus muito obrigado, porque 70 anos de sacerdócio, diga-se de passagem, não é todo mundo que chega lá, não!”, conclui Pe. Rafhael.
Fonte: ACI Digital

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